quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Nada a fazer

Aqui sozinha, vejo o tempo passar
As horas passam como o vento
E já não sei como fazer
O que antes era feito
Cresci, mudei, hoje tenho filhos
Ontem não os tinha, me sinto estranha
Nada como o tempo pra nos fazer mudar
A vida as vezes me embaraça
Quero ser alguém pra te deixar feliz
É pra você que lê essas frases mal escritas
Ou se quiser, esse poema, sei lá...
Você pode escolher
Pois você manda, é você quem diz
_tá bom ou _ tá ruim
A minha vida segue assim
Sem mais nem menos
Não tenho nada a dizer
Só quero escrever, brincar com as palavras
Pra mim basta um teclado, uma tela
Meus dedos e meu pensamento
Vou além, viajo, consigo desligar
Acho que já viajei, vou voltar...

Deus

Deus, palavra onipotente
Tal como tal, Ah se te conhecesse
Mas digo assim de frente
téte a téte, gostaria muito
Daria-te um forte abraço
E chamaria meu Pai
Mas quem sou eu
Pra saber se seria acolhida
por ti meu Senhor
Morreria de vergonha
se me virasse a face
Ainda assim me agarraria aos seus pés
E pediria setenta vezes sete
vezes perdões
Só pra ficar contigo
Pois tu meu Pai é tudo
Não sei se em nossas vidas
Ou em minha vida ao menos
Quero te encontrar e dizer
Tudo que o senhor já sabe
Ser tua filha, quero sofrer
o que sofreste, deixa, sou apenas pó
Vou retornar, já não posso mais viver assim
Quero ser tua, só tua...


FIlhos

Meus filhos não querem saber
Estou ficando louca, destemperada
Preciso acalmar, sorrir um pouco
Não tenho tempo pra mim
Tenho que encontrar, procurar
A vida passa e eu estou aqui
São trinta e dois anos vazios
Tudo vai ficando meio sem sentido
Nada muda, mas o tempo voa
Quero sair, somar, saborear
As coisas que a vida me mostra.
Tenho que educar meus filhos
Mas como, como fazer ?
Me explica, tenho que entender
Adoro matemática, mas o que
Que isto tem a ver ?
Bem, não sei, vou tentando
Amanhã quem sabe eu não encontre a resposta.

Valéria Bischof

sábado, 28 de novembro de 2009

Épocas

Há épocas e épocas
em nossas vidas
épocas de se pensar
épocas de se agir
épocas de amar
São tantas épocas
as que passamos
que as vezes vivemos
épocas de outrora
épocas que nem sabemos
de onde vem e pra onde vão
Mas vamos passando
por elas, muitas vezes
sem perceber em qual
estamos, mas já querendo saber
para qual iremos...

Valéria Bischof

Eclético

Aqui chegamos
e desde então estamos
vivemos como antes
o que se vive agora

Tiramos proveito do hoje
o que se pode amanhã
inventamos no ontem
pra experimentarmos, quem sabe?

As horas já não passam
elas vão e vem sem rumo
criamos lendas do além
com fantasmas do futuro

Não sei explicar
o que não tem explicação
então eu vou pra onde?
Pra onde...já estou voltando.

Loucura

Loucura, como descreve-lá
será que se enlouquecer
eu me reconhecerei
será que poderei viver com ela?
Saberemos qdo estivermos normais
mas quem é totalmente normal
quem não tem uma pitada de loucura
quem nunca se viu louca
descabelada, embasbacada em desvairios
Mas totalmente emergido na loucura?
Escuridão total
Um breú em sua vida
Será que reconhecere-mos nos?
COMO?

Valéria Bischof

Outrora

Andamos tanto nesta vida
e nessas andanças
 nos desencontramos
 e encontramos
tantas pessoas,
amizades, amores...
Essa vida nada mais é
do que uma volta
a nós mesmos
São tantos que passam
e há uma vaga lembraça
que já os conhecemos
e tantos que nos é
tão querido que 
não sabemos dizer
donde vem tamanho carinho
há também os desagrados
muitos que nem os
conhecemos direito
mas já não os engolimos
Realmente tenho a convicção
que já estivemos aqui
uma ou mais vezes
E que estamos aqui pra 
evoluir, crescer,contruir...

Valéria Bischof

Livre Arbítrio

Somos o que queremos
sempre fomos e seremos
o que quisermos
Ninguém impede ou
nos desvia do que
realmente queremos
nós, só nós, temos
o livre arbítrio
sobre nossa vida.
Nunca culpe ninguém
pelo o que é...
Você é o que quer,
o que faz
e o que pensa.
Assim é a vida.
Nada é por acaso
Pense bem antes
de qualquer decisão,
pondere seus atos
e poupe pensamentos ruins
Assim poderá moldar-te 
como quiseres...

Valéria Bischof