sábado, 4 de outubro de 2014

São Paulo


Entre cabelos, olhos e pernas.
Vou intuindo meu olhar
em uma paisagem dura e
multicolorida,
levando me a pensar...

Nesta cidade tão misturada,
Quem sabe, até bagunçada...
Mas intolerantemente amada.

Curvas e construções,
Em rostos mistificações,
países em estações.
Entre bares e sorrisos,
Sabores e sensações.

Nesta cidade tão misturada,
Quem sabe até bagunçada...
Mas insuportavelmente amada.

Carros, taxis e caminhões.
Pessoas, tantas intenções.
rostos e não corações.
A cidade das ilusões
Ou quem sabe...soluções

Valéria Bischof

Livre

E eu ainda vou desencanar.
Vou sair e não mais voltar.
Ver o sol dormir, sozinha.
Longe de vc, me encarar.
Olhar e me reconhecer.
Individual, pura, inteira.
Correr, liberta dessa corrente.
Não existirá dor, insegurança.
Livre como uma criança.
Então olharei o céu,
E poderei sorrir...

Valéria Bischof

domingo, 6 de abril de 2014

Brincadeira

Me perdi em você
tentando entender
o q não tem explicação
o q manda o coração.
A vida, zombeteira!
Me pegou, uma rasteira!
Me deu asas, quero voar
Mas sou bebê, não vou tentar
Então... com quimeras vou brincar
Vou olhar-te e silenciar
Deixar a vida me levar
Fazer do papel meu amigo
Das palavras meu sorriso
Pra assim te encantar.

Madrugada e você

A cidade toda dorme
A lua já se escondeu
O céu está nublado
Prevendo o meu estado
Em pé na janela
Escrevo um devaneio
Penso em você...
Sei que dormes, inocente.
Ó Madrugada, como amo te!
Assim bela e misteriosa!
Presenteado me com seus encantos.
Delirando na insonia...
Vejo você...

Flor amor

Em uma rosa cor de sangue
Vi você e me encantei
Dos espinhos
Vendada me fiz
Reguei te e cuidei te
Feliz então me vi
E o tempo passou
E a chuva chegou
Fechaste pra mim
Triste enlouqueci
Ainda assim
Esperei por ti
Com espinhos, me envolvi
E o sangue de sua cor, escorri
A chuva cessou
E então abriu
Meus olhos ja abertos
Feridos insistiu
Em olhar te
E não ver
O q fez, o q fiz
E ainda estou aqui
Envolvida, sofrida
Esperando aquela flor
Inebriante e sem furor.

Estrelas

Ondas quebravam em minhas costas
Um mar revolto me inundava
Meus olhos buscavam a encosta
Sozinha o vento me abraçava.

Busquei imensamente terra
Até que o céu sorrindo me buscou
Tirando me desta guerra
Meu mundo encantou e rebuscou

Um brilho intenso refulgiou me
Eram estrelas em meu caminho
Devolvendo me o sorriso, encantando me
Aconchegando me em seu ninho

Estrelas em meio céu, abrandando minha dor
Estrelas cintilantes, que sem pedir me deram amor
Sempre quero os brilhos teus poder ver
Pra assim, nunca mais me perder.