segunda-feira, 11 de abril de 2011

Palavras

Eu tento escutar o que me dizem,
Mas às vezes me perco entre vozes
Entre tosses, entre posses e algozes...
Eu queria alguém para me ouvir, ser meu refém
Palavras me amedrontam, ferem sem tocar
Deixando feridas que nunca vem a cicatrizar
Por isso, falo devagar, piso leve
e  deixo o coração me levar...
Onde o infinito possa me dizer
o que devo ou não fazer
e por isso talvez me perca,
fazendo que me ensurdeça,
evitando o que não mereça.
Nada como o medo para nos abster.